Doença nasossinusal em pacientes HIV positivos / Naso-sinus sickness in HIV positive patients

A doença nasossinusal é extremamente prevalente em pacientes com sorologia positiva para o vírus da imunodeficiência humana (HIV +), por isso a necessidade de que muitos estudos sejam realizados sobre esta doença, principalmente com o advento das novas drogas anti-retrovirais. Foi realizado um estudo de revisão bibliográfica buscando razões para justificar esta alta prevalência, sendo determinada a alteração da imunidade humoral e celular, distúrbios da mobilidade ciliar e alterações anatômicas prévias como fatores etiológicos. Verificou-se que o diagnóstico é eminentemente clínico e a conduta terapêutica inicial é semelhante a da população não infectada. Nestes pacientes se faz necessário um acompanhamento mais criterioso e atenção especial deve ser dada ao nível de linfócitos T helper (CD4), pois tem se verificado casos de dificil manejo terapêutico e aparecimento de complicações nasossinusais em pacientes com níveis de células CD4 abaixo de 200 por milímetro cúbico(mm3). Os autores relatam que a ausência de resposta ao tratamento clínico após punção, lavagem e cultura da secreção dos seios maxilares determina a indicação do tratamento cirúrgico que, na maioria dos casos, melhora a qualidade de vida destes pacientes.

Resistência bacteriana em infecçöes urinárias hospitalares e comunitárias / Bacterial resistence in communitary and hospitalary urinary infection

Com a finalidade de avaliar a resistência bacteriana dos microrganismos causadores de infecçäo urinária comunitária e hospitalar, realizou-se um levantamento, constando de 397 amostras de pacientes ambulatoriais e internados no Hospital Säo Vicente de Paulo, Passo Fundo, RS, no período de 01 de julho de 1989 a 30 de julho de 1990. As infecçöes comunitárias foram 312 (78,6 por cento) e as hospitalares 85 (21,4 por cento). O uso prévio de cateter vesical foi associado a 87 por cento das infecçöes hospitalares. Os microrganismos mais freqüentes isolados foram: Escherichia coli (57,7 por cento), Proteus sp (10,6 por cento), Streptococcus sp (8,3 por cento), Klebsiela sp (8,0 por cento), Pseudomonas sp (3,5 por cento), Providência sp (3,0 por cento), outros (8,9 por cento). A sensibilidade e a resistência desses microorganismos foi avaliada em teste com ampicilian, amicacina, nitrofurantoína, normais ativos foram: ceftriaxone, morfloxacin e amicacina. Nas infecçöes comunitárias apenas a ampicilina e sulfatrimetroprin tiveram altos níveis de resistência. Salienta-se a importância da avaliaçäo crítica destas informaçöes estatísticas em termos da sua aplicaçäo na prática clínica, particularmente no que concerne ao uso empírico de antibiótico previamente ao resultado do teste de sensibilidade